Susana Lehrer de Souza Barros
Susana Lehrer de Souza Barros | |
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Conhecido(a) por | uma das pioneiras da pesquisa em ensino de Física no Brasil |
Nascimento | 2 de fevereiro de 1929 Santa Fé (Argentina), Argentina |
Morte | 24 de outubro de 2011 (82 anos) Rio de Janeiro,Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | argentina |
Prêmios | Medalha de Ouro Upward Bound Award |
Campo(s) | Física e educação |
Susana Lehrer de Souza Barros (Santa Fé, 2 de fevereiro de 1929 - Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2011) foi uma física e educadora brasileira, uma das pioneiras no ensino de Física no Brasil[1].
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
Susana era filha de Tuly Lehrer e de Lola Rosenfeld. Nascida em Santa Fé na Argentina, a aproximadamente 450 km de distância de Buenos Aires, ela mudou-se para a capital, onde se formou em física pela Universidade de Buenos Aires, em 1952[2]. Recebeu um convite para estagiar na Universidade de São Paulo (USP), em 1953, aos 24 anos, trabalhando com um grupo de pesquisa durante os dois anos seguintes, tendo viajado ate o Laboratório de Chacaltaya, nas proximidades da cidade de La Paz, na Bolívia, para realizar observações de raios cósmicos, a 5 mil metros de altitude. Foi com este mesmo grupo que iniciou seus estudos sobre radiação cósmica de fundo em micro-ondas com o físico austríaco Kurt Sitte[1].
Carreira[editar | editar código-fonte]
Esteve na Inglaterra para fazer sua pós-graduação, continuando seu estudo experimental de partículas elementares no acelerador de Liverpool, onde concluiu sua tese sobre o decaimento radioativo do méson pi, pela Universidade de Manchester, em 1960[1]. Já casada com Fernando de Souza Barros, teve seu filho ainda na Inglaterra, em 1956. Seu pós-doutorado foi realizado no Carnegie Institute of Technology, nos Estados Unidos.
Em 1964, o casal mudou-se para Pittsburgh, nos Estados Unidos, onde Susana atuou como professora e pesquisadora, mudando seu campo de pesquisa para a área de magnetismo em baixas temperaturas[2].
Voltou ao Brasil em 1970, onde trabalhou em várias universidades: Universidade de Brasília (UnB), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); e Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IF-UFRJ), a partir de 1976 e onde se aposentou em 1988. Susana também participou da implantação do curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física, na UFRJ. Publicou vários artigos e livros em âmbito nacional e internacional, coordenou diversos projetos de pesquisa e de extensão, orientou dezenas de alunos de graduação e de mestrado. Continuou trabalhando como professora convidada até seu falecimento, em 2011[2].
O ensino de física[editar | editar código-fonte]
Seu interesse pela educação científica originou-se nos projetos para alunos de minorias raciais no Estados Unidos, onde atuou no "Programa Upward Bound", do Departamento de Educação norte-americano. Susana, então, afastou-se da pesquisa pura e experimental da Física para se dedicar cada vez mais ao ensino, sendo uma das pioneiras no Brasil, contribuindo para sua consolidação no país[1]. Dedicou-se à discussão de tecnologias no ensino, além de reiterar a importância do papel do professor do ensino básico. Realizou diversos projetos voltados à formação docente, como o Projeto Fundão pela melhoria do ensino de física[1].
Artes plásticas[editar | editar código-fonte]
Susana dedicou-se às artes plásticas quando retornou ao Brasil e passou a morar no Rio de Janeiro, tendo trabalhos expostos na Galeria do Instituto Brasil Estados Unidos, no III Salão Carioca de Arte e na Galeria de Arte Cultural Cândido Mendes. Seu trabalho continha arte popular e folclórica brasileira, com aquarelas, cerâmica, pintura, desenho, colagem e arte digital[1].
Morte[editar | editar código-fonte]
Susana faleceu na manhã de uma segunda-feira, 24 de outubro de 2011, no Rio de Janeiro, aos 82 anos de idade[2].
Referências